Comidas práticas, saborosas, riquíssimas em carboidratos e com teores elevados de aditivos químicos, vêm tomando conta das prateleiras dos supermercados, enquanto alimentos integrais ou orgânicos ficam escondidos nos cantos das gôndolas. Em paralelo, a demanda energética da vida moderna tem caído drasticamente, devido a um estilo de vida mais sedentário. Estima-se que o gasto energético total do homem moderno sedentário seja o equivalente a 68% do gasto energético total do homem na idade da pedra. Até mesmo nossos avós “queimavam” entre 300 e 400 calorias a mais que nós. Não precisamos nos movimentar tanto quando há esteiras e escadas rolantes, carros, aviões e supermercados, sem falar na internet e no telefone.
O resultado disso tudo é o aumento na prevalência de várias doenças, incluindo a obesidade. Sabe-se que aproximadamente 70% das doenças cardiovasculares estão diretamente ligadas à obesidade. Na praia, um desfile de pessoas deformadas pelo excesso de gordura e pela flacidez muscular.
Nós somos vítimas do nosso próprio sucesso evolutivo, desenvolvendo uma dieta calórica concentrada, mas minimizando a quantidade de energia de manutenção despendida em atividade física. Até mesmo o desenvolvimento de suplementos nutricionais, que substituem refeições, é uma continuação da tendência iniciada por nossos ancestrais: obter o máximo de retorno nutricional, no menor volume e com maior praticidade.
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