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sábado, 24 de março de 2012

Sabe a diferença entre alergia e intolerância alimentar













Confundir alergia alimentar com intolerância é muito comum. Afinal, os sintomas costumam ser bastante parecidos: coceira, vermelhidão, vômito, diarreia, coriza e dor de cabeça. Entretanto, é preciso saber que há, sim, distinção entre esses dois problemas.


O nutricionista Henrique Soares

explicar de forma simples para que muitos possam entender.


A alergia ocorre quando o sistema imunológico (sistema de defesa do corpo) passa a acreditar que uma substância alimentar se tornou um antígeno, ou seja, algo perigoso e que não pertence ao nosso metabolismo. Para se defenderem dessas substâncias, as células do sistema imune produzem moléculas chamadas imunoglobulinas ou anticorpos. Então, essa reação estimula outras células especializadas, os mastócitos, a liberarem uma substância chamada 'histamina'. Ela provoca sintomas alérgicos que podem afetar o sistema respiratório (asma, tosse), digestivo dor abdominal, vômito, diarréia), a pele (urticária) ou o sistema cardiovascular.
Os alimentos frequentemente envolvidos na alergia alimentar são os que possuem alto teor de proteína, seja vegetal ou animal. Em geral, pessoas que comem muito rápido não digerem adequadamente estas proteínas e acabam absorvendo pedaços de proteína ou até mesmo proteínas inteiras, o que desencadeia a reação alérgica. Entre os alimentos que mais apresentam reações alergênicas encontram-se o trigo, as nozes, o camarão, os mariscos, o peru, a carne de porco, a banana, a batata, o tomate, o leite, o ovo, amendoins, os moluscos, a soja, algumas frutas cítricas e o peixe.


Já na intolerância alimentar ocorrem reações adversas ocasionadas pelos alimentos, mas que não envolvem o sistema de defesa do organismo. A intolerância mais comum é a do leite, que é provocada pela falta da enzima lactase no nosso corpo, responsável pela digestão do açúcar presente no leite (lactose).
Entre as substâncias que já foram relacionadas à intolerância estão os conservantes, os intensificadores de sabor, os corantes e acidulantes, ou seja, aditivios químicos encontrados nos produtos industrializados.
Para o diagnóstico bem feito, é preciso que o nutricionista faça um levantamento do histórico familiar, a descrição dos sinais e sintomas e o tempo decorrido a partir da ingestão de determinada comida, a lista dos alimentos suspeitos e a quantificação do alimento para o aparecimento dos sintomas. Isso sem contar testes bioquímicos e imunológicos.
O tratamento da alergia e da maioria das intolerâncias alimentares é feito com a exclusão de certos alimentos do cardápio ou com a redução de sua quantidade na dieta. A partir de então, é necessário sempre ler os rótulos dos produtos com o objetivo de identificar as substâncias alergênicas.
Mas, atenção, se determinados alimentos forem vetados definitivamente do seu dia a dia, você deve procurar substituí-los por outros fornecedores dos mesmos nutrientes. É esse, justamente, o objetivo da orientação alimentar: identificar o alimento agressor, através da dieta de eliminação, e evitar deficiências nutricionais, substituindo os alimentos causadores das manifestações adversas por outros nutricionalmente semelhantes.
Detalhe: uma pessoa pode ter alergia e intolerancia ao mesmo alimento - Intolerancia á lactose do leite e alergia à proteína do leite de vaca.





terça-feira, 6 de março de 2012

Síndrome do Piriforme





O QUE CAUSA? A causa mais comum é a tensão e encurtamento do músculo piriforme. Porém tensão e encurtamento da musculatura próxima a ele (coluna, nádega e quadril) também geram tensão neste músculo, predispondo à compressão do nervo ciático.É comum em esportes que requerem corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. Os seguintes fatores podem também favorecer o aparecimento da síndrome: corrida em terrenos duros ou irregulares, subir escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais.
No caso de pronação excessiva, o membro inferior sofre uma rotação excessiva, o que sobrecarrega a tíbia, joelho, quadril e coluna. Por isso é importante a utilização de calçados adequados para o tipo de pisada.Quem anda e principalmente corre com a ponta do pé muito aberta, para fora (tipo dez para as duas) tem mais chances de tensionar o piriforme, pois fica o tempo todo estimulando o músculo na sua função, que é rodar a coxa para fora juntamente com o pé quando o joelho está esticado.O aumento rápido na intensidade ou duração dos treinos pode contribuir para o aparecimento da síndrome por sobrecarga do piriforme. Traumas diretos podem provocar edema na região do piriforme ou causar uma tensão e conseqüente compressão e irritação do nervo ciático.Um desequilíbrio muscular entre os rotadores internos e externos do quadril, como no caso de rotadores externos mais fortes que os internos, contribuem para encurtar o piriforme, além de desequilíbrios da pelve. Os distúrbios na biomecânica dos membros inferiores e coluna, incluindo distúrbios na marcha, vícios (maus hábitos) e alterações posturais também podem causar a síndrome.Manter a postura sentada por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa (como ao dirigir) diminui o aporte sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos à ele também) e provoca encurtamento.Como esta é uma patologia causada por um aumento na tensão do músculo (ou espasmo), a falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida se tensione ainda mais e piore os sintomas.

SINTOMAS. As queixas incluem dor que pode acontecer em alguns locais como: na região glútea (nádega), quadril, lombar, membro inferior e também formigamento ou dormência, que podem irradiar em direção à perna do lado acometido.A dor pode ser reproduzida na rotação externa do quadril resistida, que é quando tentamos impedir o movimento de afastar os joelhos, ou seja, o joelho vai para fora e o pé para dentro, como ao cruzar uma perna sobre a outra. Ou quando se força o movimento contrário (rotação interna), isto é, quando forçamos o movimento de levar o joelho para dentro e o pé para fora.Numa avaliação postural, o membro inferior acometido pode apresentar uma rotação externa maior que o não acometido (com o joelho esticado o pé roda para fora e sentado, o joelho "olha" para fora).
MEDIDAS A SEREM TOMADAS. Procurar um médico para que o diagnóstico seja estabelecido, descartando a possibilidade de outras patologias que têm sintomas parecidos com a Síndrome do Piriforme é a primeira atitude a ser tomada. Deve ser feito um exame físico detalhado para descartar a possibilidade de hérnia discal, problemas associados à compressão nervosa na região lombar (estreitamentos de forames), artroses ou patologias da região sacro-ilíaca. Como é uma condição patológica que não se comprova em exames de imagem, o diagnóstico é estabelecido com base no exame físico e nos sintomas, o que pode acarretar em erro no diagnóstico e dificuldade no tratamento, ao se focar em coluna quando o problema está na região do quadril.
Depois de confirmado o diagnóstico, podem ser prescrito medicamentos para auxiliar no alívio da dor e relaxar a musculatura. Pode ser orientado repouso relativo (parar corrida ou qualquer outra atividade física por um tempo) ou apenas a redução no ritmo da corrida. Porém é importante a realização da fisioterapia, onde será orientado um programa de exercícios para equilibrar a musculatura, além de técnicas diversas para alívio dos sintomas, de acordo com cada quadro apresentado. Com isso, a prática esportiva acontecerá sem riscos de retorno dos sintomas.
TRATAMENTO. O tratamento tem como objetivos a redução da dor, melhora da flexibilidade e força e diminuição da tensão do músculo piriforme e dos músculos próximos à região, através de técnicas de massagem. Poderão ser utilizados aparelhos como ultra-som e TENS para o alívio da dor e formigamento/dormência e deve ser orientado um programa de alongamentos e fortalecimentos para que o retorno ao ritmo de corrida seja seguro e com boa performance.A utilização de ultra-som e massagem são técnicas efetivas para remover metabólitos e tecido cicatricial (evita fibrose), além de acelerar a resolução da lesão.A aplicação de gelo deverá ser feita para diminuir a dor, pois o gelo tem efeito analgésico e antiinflamatório. Pode ser feito da seguinte forma: coloque várias pedras de gelo num saco plástico e amarre. Coloque este saco dentro de um tecido fino e úmido e coloque na região glútea, mantendo por 20 minutos. Repetir 3 vezes por dia e não tomar banho logo após a aplicação, para não interromper o efeito do gelo.
Os exercícios devem ser iniciados assim que houver algum alívio da dor, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente. Os alongamentos devem ser feitos no início de forma leve e os fortalecimentos devem ser introduzidos gradualmente.Todos os músculos envolvidos, além do piriforme, devem ser alongados e fortalecidos para que funcionem em harmonia sem causar nenhum transtorno ao atleta no futuro. Porém, nesta matéria, deixaremos sugestões de alongamentos mais voltados ao piriforme (e músculos com a mesma função que a dele). É importante salientar que estes exercícios não devem ser utilizados como forma de tratamento, e sim apenas como auxiliares.O retorno ao esporte deve ser um processo gradual. O tempo de retorno dependerá da extensão da lesão e do nível de atividade praticada.


domingo, 4 de março de 2012

"Síndrome do Bumbum Sarado" ou Síndrome do Piriforme



Excesso de exercícios para os glúteos pode causar a



"Síndrome do Bumbum Sarado"



ou Síndrome do Piriforme




Mulheres que exercitam excessivamente os glúteos em busca de um bumbum perfeito estão mais sujeitas a apresentar o que os ortopedistas chamam de Síndrome do Piriforme – ou, em uma acepção mais leiga, “Síndrome do Bumbum Sarado“. “É uma patologia pouco comum, mas que tem uma incidência aumentada em mulheres entre 20 e 50 anos que malham com muita intensidade os músculos da região das nádegas e coxas“, diz o Dr. Ricon Jr, diretor do Centro Ortopédico de Ipanema.
Segundo o especialista, a Síndrome do Piriforme é o resultado do encarceramento do nervo isquiádico, ou ciático, como é mais conhecido, pelo músculo piriforme, na sua saída da pelve para a região glútea. “O piriforme é um músculo em forma de pêra que se situa na região do quadril. Quando cresce muito, ou seja, é hipertrofiado, o piriforme comprime e inflama o nervo ciático, o que provoca muitas dores e complicações. Em academias, deve haver muitas mulheres que sofrem da doença sem saber. Elas só se dão conta quando o problema se agrava“, diz Ricon.
A “Síndrome do Bumbum Sarado” ainda é muito mal diagnosticada e sua prevalência, de acordo com o ortopedista, deve estar subestimada. “Muitas pessoas e mesmo médicos confundem a Síndrome do Piriforme com outros problemas do quadril“, afirma. O diagnóstico deve ser feito por intermédio de exames clínicos, associados, dependendo do caso, a exames complementares como ressonância magnética, ultra-sonografia, radiografia e eletroneuromiografia. A doença costuma ser confundida com bursite, lombalgia, tendinite dos flexores da coxa e ciatalgia.
Segundo Ricon, os sinais clínicos mais comuns da Síndrome são: dores nas nádegas próximas ao fêmur quando se caminha e se interrompe a caminhada de repente; dores provocadas por movimentos simples como se levantar e se sentar; dores ao se esticarem as pernas na posição deitada; dores ao se praticar uma atividade física mais intensa; e atrofia glútea, dependendo da duração dos sintomas. “As dores podem aumentar até chegar ao ponto de incomodarem durante o sono, mesmo com a pessoa deitada, em repouso“, conta Ricon.
Mulheres que não têm os glúteos e nádegas naturalmente desenvolvidas estão mais propensas, pois irão aumentar muito de volume a musculatura podendo levar à compressão do nervo ciático; procurar um especialista em quadril em caso de dor que persista por mais de três semanas; ficar sentada o dia inteiro e malhar muito aumenta as chances de se desenvolver a Síndrome; as próteses de silicone podem teoricamente facilitar o aparecimento da Síndrome, pois são colocadas por sob os glúteos; ficar atenta caso sofra uma queda sentada sobre a nádega que deixe um hematoma na região glútea. Este deve ser muito bem cuidado para não deixar seqüelas, pois pode levar à Síndrome do Piriforme.
O tratamento da Síndrome do Piriforme inclui analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia, injeção local de anestésicos e corticóides, injeção de botox, massagem transretal e, nos casos mais graves, cirurgia. “Infelizmente, a Síndrome do Piriforme não costuma ser tratada adequadamente devido às dificuldades de diagnóstico. Com o crescimento vertiginoso do número de praticantes de esportes e de exercícios e com o “culto do bumbum perfeito”, muito forte em nossa cultura, a doença tende a atingir um número cada vez maior de mulheres“, alerta Ricon.