Foi promulgada recentemente em São Paulo uma lei que isenta as academias de exigir apresentação do atestado médico de seus alunos. Em lugar do exame, o praticante terá apenas que responder a um questionário (Par-Q) sobre seu estado de saúde.
Apesar de entender que a obrigatoriedade do atestado médico possa ser um obstáculo para alguns praticantes, honestamente não vejo como iniciar um programa de atividade física sem que haja uma avaliação médica.
O PAR-Q é um questionário confiável?
Alguns colegas da área da saúde argumentam que o PAR-Q é um questionário confiável, que serve para uma pré-avaliação daqueles que realmente precisam de avaliação médica. Será?
Uma revisão sobre o PAR-Q, publicado pela Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, entende que não, ou seja, a ferramenta possui baixo grau de confiabilidade. Eu também sou cético quanto a este instrumento, dado sua alta subjetividade. E há pessoas que não tem muita sensibilidade ao corpo, sem falar naqueles que omitem informações justamente para não serem “reprovados”. Por último, há diferenças muito importantes quanto às restrições e cuidados para diferentes grupos de praticantes, como nos grupos exemplificados abaixo:
- Hipertensos (muitos nem sabem que apresentam hipertensão);
- Obesos;
- Diabéticos
Todos nós sabemos da importância de um acompanhamento médico e da repetição de exames clínicos, pelo menos anualmente. Então não haveria problema, se todos adotassem essa prática. Ou será trabalhoso demais realizar uma avaliação médica anual?
Fonte:
Revisão: Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q)
Leonardo Gomes de Oliveira Luz, Paulo de Tarso Veras Farinatti. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício – Volume 4 Número 1 – janeiro/dezembro, p.43-48, 2005.
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